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Contaminação de poços artesianos: como evitar

Entenda o que causa contaminação em um poço artesiano, quais são os contaminantes mais comuns e o que você pode fazer para evitá-los


Água suja e marrom saindo de um poço artesiano durante limpeza. Evite contaminantes com um poço bem construído. Fonte: Perfurarte

Poços artesianos, quando bem construídos, ou seja, seguindo todas as normas técnicas, são muito seguros. No entanto, eles podem ser sujeitos a contaminação, especialmente quando são rasos (até 30 metros) ou feitos sem licença ambiental.


Entenda o que causa contaminação em um poço artesiano, quais são os contaminantes mais comuns, e o que você pode fazer para evitá-los:


Contaminação da água do poço artesiano: uma questão de probabilidade


Existem grandes diferenças entre poços mais rasos versus poços tubulares profundos. Os poços caipiras, ou cacimbas, costumam ter no máximo 50 metros e não levam nenhuma camada de revestimento.


Uma vez que estes poços captam água de fontes mais superficiais, podem sofrer com dois problemas: contaminação e propensão a secar em épocas com menos chuva.


A contaminação acontece por um motivo simples: muitos resíduos de atividade humana e animal ficam nessas primeiras camadas do solo, como fezes, restos de animais mortos, agrotóxicos etc.


Já poços tubulares profundos captam água de fontes subterrâneas muito mais profundas, naturalmente filtradas pelos aquíferos ao longo de centenas a milhares de anos e, portanto, muito menos sujeitas a este tipo de contaminação.


É importantíssimo notar que, mesmo que a água não pareça suja, ou não tenha cheiro ou sabor suspeitos, ainda pode ter parasitas, vírus e bactérias invisíveis aos nossos olhos.


Contaminantes mais comuns de poços artesianos


Alguns dos tipos mais comuns de contaminantes em poços artesianos são ferro; manganês; chumbo; outros metais pesados; nitratos; coliformes; pesticidas e produtos químicos industriais.


É possível ainda que a água contenha bactérias, fungos, vírus e outros microrganismos invisíveis a olho nu.


No caso do ferro e do manganês, a concentração destas substâncias precisa estar dentro de um limite, ou seja, um valor máximo permitido por lei. Sinais frequentes deste tipo de contaminação são uma coloração avermelhada ou marrom na água, além de sabor metálico.


Já o chumbo aparece mais regularmente no caso de tubulações antigas de cobre ou latão.


A presença de coliformes, por sua vez, é mais frequente em poços que captam água a níveis muito rasos. Por fim, o excesso de nitrato também é relativamente comum, e perigoso.


Todos os contaminantes citados, quando consumidos por um tempo prolongado, podem ter consequências à saúde - podem ser consequências menos graves, como diarreia e intoxicação alimentar, ou mais severas, como hepatite A, infecções do trato urinário, doenças na pele, no sistema circulatório, no sistema nervoso e nos pulmões, além de envenenamento e risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como alergias e asma.


Como evitar a contaminação de um poço artesiano


A principal coisa que você pode fazer é desistir de um poço caipira. A água a profundidades rasas tem alta probabilidade de ser contaminada, especialmente com fezes de animais ou de seres humanos e com pesticidas.


Para um poço caipira valer a pena, teria que ser muito bem construído, com selo sanitário. Além disso, o mais adequado seria realizar análises frequentes da água, além de tratá-la com cloro e outras substâncias para torná-la potável, se necessário. Isso teria um custo muito alto para um poço que também é sujeito a secar em tempos de escassez hídrica, já que depende da reserva do lençol freático.


Um poço tubular profundo evita a maioria desses problemas. Ele não capta água do lençol freático, e sim de reservas mais profundas, como aquíferos sedimentares ou rochosos, que não são afetados por tempos de seca e são geralmente livres de contaminantes superficiais.


Mas é essencial que esse poço seja feito seguindo as normas técnicas. Caso contrário, como a tubulação também atravessa as primeiras camadas de solo, pode se contaminar pela água que está no lençol freático.


Escolha uma empresa de perfuração séria, que faça apenas poços regularizados, ou seja, que tire a licença ambiental obrigatória por lei. Isso garante que o poço tenha um projeto assinado por um geólogo, e que este projeto cumpra as etapas necessárias para evitar contaminação, como o selo sanitário.


Se você fizer um poço sem licença e sem ter certeza de que a empresa está seguindo as normas, não só pode acabar com água de má qualidade, como fica sujeito a multas.


Vale observar ainda que o seu poço pode precisar de revestimento ou filtros para evitar contaminantes. Esse é outro motivo para contratar especialistas para fazer a perfuração: eles saberão identificar o perfil geológico do poço e recomendar os materiais corretos para a sua construção, a fim de que você não tenha problemas no futuro.


Lembre-se: o barato sai caro. Economizar na construção do seu poço pode na verdade lhe custar muito mais no futuro.


Por fim, embora seja raro, mesmo poços profundos podem sofrer com contaminações, como, por exemplo, excesso de minerais. Para estar 100% seguro, o correto é fazer uma análise físico-química e bacteriológica da água para saber se ela atende aos critérios de potabilidade (Portaria nº888 do Ministério da Saúde, de 2021) e é segura para consumo.

Precisa de ajuda para ter um poço artesiano de alta qualidade? Fale com nossa equipe! Nossos especialistas estão prontos para te atender.

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