Veja como e por que fazer uma análise da água de seu poço artesiano
Antes de utilizar a água de um poço artesiano, é muito importante fazer uma análise físico-química e bacteriológica da água. Isso vai mostrar se a água é boa para consumo, ou seja, se é considerada segura ou se precisa de tratamento.
É importante observar que a água só é considerada potável se atender ao padrão de potabilidade estabelecido pela legislação brasileira - atualmente, a Portaria nº888 do Ministério da Saúde. Isso exige, entre outras coisas, a adição de cloro para matar microrganismos nocivos.
Normalmente, a água de poços tubulares profundos é segura e de boa qualidade. Mesmo assim, é essencial analisá-la antes de consumi-la.
Além de não haver garantias, existem muitas ameaças invisíveis que precisam de exame para serem encontradas – como bactérias, por exemplo.
O que diz a legislação?
A legislação sobre poço artesiano varia de acordo com o estado brasileiro. Em muitos casos, contudo, a análise físico-químico e bacteriológica é necessária para obter a outorga, ou seja, para poder utilizar a água do poço.
Ou seja, para pessoas físicas, é preciso realizá-la quando se pede ou quando se renova uma outorga.
Já no caso de pessoas jurídicas, a análise deve obedecer a um calendário específico, além de um pouco mais complexa.
No geral, uma análise simples, semelhante àquela feita para a outorga, precisa ser realizada mensalmente, com coleta em três pontos diferentes: na saída do poço, no reservatório e no ponto de consumo (pode ser um bebedouro, uma torneira do banheiro ou da cozinha, um chuveiro etc).
Além disso, é necessário realizar - geralmente, a cada seis meses - uma análise mais completa com mais parâmetros, em cumprimento à Portaria nº 888 do Ministério de Saúde brasileiro, de 4 de maio de 202.
Por fim, é preciso ter cadastro junto à Vigilância Sanitária do munícipio onde fica o poço.
Como funciona a análise da água do seu poço
Primeiro de tudo, vale esclarecer que somente um laboratório credenciado pode realizar a análise. Uma vez que esse processo é delicado, é o laboratório que deve fazer a coleta da água, para evitar contaminação cruzada.
Outro ponto importante é que a água destinada a consumo humano não é somente aquela que é ingerida: a água utilizada para higiene pessoal, preparo de alimentos e piscina, por exemplo, também precisa ser potável.
Somente água para irrigação, lavagem de chão e outros fins não potáveis é que pode ficar de fora dessa análise.
A avaliação indica diversos parâmetros da água, sendo alguns dos principais:
Físicos, como cor e turbidez;
Químicos, como cloro livre e pH;
Microbiológicos, como contagem de bactérias heterotróficas, coliformes totais e E. coli;
Organolépticos, como sabor, odor e aspecto.
Ao conhecer as características da amostra - como presença de cor, presença de contaminantes como bactérias ou qualquer outra substância que interfira no consumo -, é possível definir se a água é adequada para consumo ou se algum tratamento é necessário.
Vale observar que a água destinada a consumo humano sempre precisa ser tratada com um mínimo de cloro para ser considerada segura.
Quanto custa a análise da água?
O valor pode variar de laboratório para laboratório, de região para região. Geralmente, uma análise simples custa em torno de R$ 200, enquanto uma análise mais completa custa em torno de R$ 2.000, por poço artesiano.
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